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O JORNAL DE R.I.

O despertar da guerra Irã x Arábia Saudita: O que está no tabuleiro?​

Por Gabriel Casnati
 

Diante do colapso dos Estados no Oriente Médio, a luta sectária entre xiitas e sunitas é apenas mais uma arma, não inerente aos preceitos do islã, para facilitar o controle dessa região, seja por parte de grupos jihadistas, potências regionais ou potências globais.
Nas últimas semanas, a escalada de tensão entre as duas potências mais incompreendidas do Oriente Médio, Arábia Saudita e Irã, foi notícia nos quatro cantos do globo. Novamente, a histeria e a incompreensão do autoproclamado mundo ocidental em relação a esta nova “guerra fria” se sobrepuseram a qualquer análise racional dos interesses que movem o conflito.
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O Acordo Transpacífico: com uma máscara de desenvolvimento, que representa uma forte ameaça aos países subdesenvolvidos

Por Gabriel Casnati

No último dia 05 de outubro, um grupo de ministros de doze países, responsáveis por 40% da economia mundial¹– EUA, Japão, Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Cingapura, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru e Vietnã -, firmaram a assinatura em Atlanta (EUA), de um inédito acordo de livre comércio, a Parceria Trans-Pacífica (TPP, na sigla em inglês).Tendo como base o cenário internacional, marcado pela crise econômica global, a inércia da OMC causada principalmente pelos Estados desenvolvidos, falta de credibilidade estadunidense na resolução de conflitos de grande porte e a ascensão da China e Rússia – em menor grau – na arena geopolítica latino-asiática, é possível analisar com maior frieza com reais interesses de Washington em jogo. Dessa forma, o TPP configura-se muito mais como uma estratégia política do que econômica. Ao excluir todos os BRICS das negociações, os Estados Unidos evidenciam que maior do que sua preocupação com comércio, é o medo de perder sua histórica zona de influência no seu quintal de casa – leia-se, América Latina – e evitar que a China “absorva por osmose” seus vizinhos menores, que embora pequenos, são países populosos, de PIB crescente² nas últimas décadas e lar de diversas indústrias multinacionais.
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Educação inclusiva para Refugiados: Uma responsabilidade compartilhada

Por Ariela Feiman Halpern
 

O Ministério da Justiça demora em média oito meses para avaliar um pedido de refúgio devido ao crescente número de pedidos. Durante esse período de avaliação, a legislação brasileira assegura ao solicitante o direito à carteira de trabalho, à inscrição no Cadastro de Pessoa Física, à saúde e à educação pública. Entretanto, eles enfrentam problemas em frequentar a escola pelo fato de o visto de turismo no Brasil expirar em três meses, deixando-os em situação irregular.

Segundo o Fórum Social das Migrações (Porto Alegre, 2005), muitas destas crianças e adolescentes não conseguem se matricular em escolas públicas devido ao Estatuto do Estrangeiro de 1980, no qual são tratados como ameaça.
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Fuinha

Por Fer Pina

Era hora do almoço. Estava só.O arroz cozinhando, e o Caetano tocava alto.Estava eu só, então. E meus pensamentos, embalados pela voz que saia do DVD, vinha em espirais e tons subindo e descendo, tomando meu sentimento. O cigarro ia pela metade. Seguramente ouvindo a música, a vizinha, Dona Judite, lembrara-se de mim. Sua voz me chamando ali do muro do quintal. Pedi que esperasse. Chaves- porta – quintal.Ela me esperava pacientemente. Seus olhinhos me fitaram. E ela riu um “Olá”. Sua cabecinha, única parte visível por sobre o muro, com suas ruguinhas todas, com seu tamanhinho simpático, se movia muito ligeirinha para todos os lados, como se a senhorinha quisesse registrar todo e qualquer fato que viesse a acontecer, provavelmente algum fato inédito nesses oitenta e poucos anos de vida.
Nenhuma mosca passaria despercebida pela senhorinha. Nada. Ela atenta em cada movimentinho. E ela dá sua risadinha de dentinhos pequenos. Seu cabelinho branco também sorri. Pergunta sempre da mãe, da irmã; “Está tudo bem, sim, Dona Judite, e com a senhora?”, responde-se, como pedem os bons costumes e a cordialidade vizinhistica do interior. -“Tudo bem, viu… Você sabe se ai tem fuinha?”
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